
O vírus HIV tem uma elevada taxa de mutação. Por dia, cerca de 10 bilhões de partículas virais são produzidas em cada paciente infectado. Todas essas partículas têm pelo menos uma mutação em seu código genético.
Nem sempre a mutação implica em maior resistência do vírus aos medicamentos anti-retrovirais, mas um vírus resistente sempre surge de uma mutação. O índice de vírus resistentes circulando nos pacientes soropositivos brasileiros ainda é muito baixo. Em geral está em torno de 1% das novas infecções.
Amilcar Tanuri diz ainda que há uma tendência natural do aumento do índice de vírus HIV resistentes. "O número de vírus resistentes e mutantes pode aumentar com o uso dos anti-retrovirais", afirma. Nos Estados Unidos e nos países europeus o índice de vírus resistentes é de 10% a 20%, e tende a aumentar ao longo do tempo.
O infectologista Marco Antônio Vitória afirma que a resistência do vírus HIV é um fenômeno esperado, por ser um microorganismo com alta taxa de mutação. Na avaliação do Ministério da Saúde, a taxa de resistência no Brasil ainda é baixa e, por isso, não justifica orientação especial quanto ao uso de anti-retrovirais.

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