sábado, 27 de junho de 2009

A amizade é mais forte que a tuberculose


O bacilo da tuberculose passa de pessoa a pessoa, através das pequenas gotas de saliva, expelidas quando se tosse ou espirra, ficando em suspensão no ar por algum tempo. Ele é transmitido com mais facilidade em locais com pouco espaço para circulação, onde muitas pessoas dormem num mesmo cômodo, ou em lugares sem janelas. Este é o caso da favela da Rocinha, onde mora Rita Smith. Ela, que já era agente comunitária de saúde, há um ano resolveu fazer mais: fundou o Grupo de Apoio de Ex-Pacientes e Amigos em Combate à Tuberculose (Gaexpa), que atua no tratamento e na prevenção da doença. O grupo já conta com mais de trinta voluntários.

Saber Viver – Por que formou o Grupo de Apoio?Rita Smith – Como agente comunitária de saúde da Rocinha, minha função era levar os medicamentos e só. Eu ouvia as pessoas pedindo socorro e não tinha como ajudar.

SV – Como o Grupo funciona?
RS – Acompanhamos quem não têm condições de se tratar sozinho. Quem não sabe ler, quem não consegue tomar a medicação...

SV – Vocês recebem algum benefício em troca?RS – Não. Conseguimos alguns tíquetes- refeição e vales-transporte para os voluntários, mas deixamos para quando os doentes precisam.

SV – Que conselho você dá para quem quiser criar um trabalho parecido? RS- É preciso coragem para dar o primeiro passo. É duro, mas é possível. Pode começar com uma ou duas pessoas. O importante é apoiar quem precisa.

SV – Apoiar como?
RS – A solidão do doente é terrível. Acho até que não é a tuberculose que mata, mas a depressão. Tem muita gente jogada por aí, sem forças para se cuidar. Por isso faço questão de abraçar quem está doente.

SV – Você não teme adoecer novamente por conta desse contato?RS – Se a gente não fi zesse nada, iria ter mais gente doente. E, depois de um tempo de tratamento, o bacilo já não é transmitido.

SV – No seu tratamento, o que foi importante para você?RS – Tinha sempre alguém a meu lado. Quando eu mesma não acreditava que pudesse fi car boa, alguém acreditava. Eu não tinha força nenhuma, mas tinha sempre alguém para me ajudar a engolir um comprimido.

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Ubatuba, Litoral Norte, Brazil
Sou a Silmara, uma pessoa simples, risonha e de bem com a vida! Sou Coordenadora do Blablablá PositHivo, desenvolvido em parceria com a Prefeitura Municipal de Ubatuba, que tem como objetivo levar informações de DST/Aids em escolas e comunidades através do meu depoimento.Como coordenadora de literatura da Fundart criei o Projeto Psiu com a finalidade de descobrir e apoiar novos autores.Fui escritora sobre o Projeto Furnas, em Ubatuba.Tenho 25 crônicas classificadas em Concursos nacionais,inclusive o conto O Menininho Perdido classificado no concurso de Antologia Ponte dos Sonhos, na Alemanha e o poema Brava Gente de Ubatuba em Guadalaraja.Sou autora da cartilha Ambiente Vivo e do livro Flash, Você sabe o que eu tenho? Eu tenho amores, dores,senhores, sabores...Eu tenho atitude.E VOCÊ? Silmara Retti é madrinha do DTPK crew

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