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O Papanicolaou é o exame principal na prevenção contra o câncer ginecológico. Ele trouxe um grande benefício para a mulher, porque previne o câncer de colo de útero, responsável por muitas mortes no passado. Com uma espátula semelhante a um palito de sorvete ou a um cotonete, num movimento circular, são raspadas as células superficiais do colo uterino. Examinando-as, o patologista consegue identificar alterações celulares sugestivas da infecção pelo HPV (papilomavírus humano), indício importante para a prevenção do câncer de colo uterino.
Não existe idade definida para esse exame. Entendemos que deva ser feito a partir do momento em que a mulher passa a ter vida sexual ativa. É cabível perguntar, então, se a mulher que não tem atividade sexual precisa fazer o Papanicolaou. Ela deve fazer. Mesmo nas virgens, o material pode ser colhido com cotonete sem nenhum trauma. No entanto, a probabilidade de que não tenha problema algum é muito grande, porque é a vida sexual que favorece o aparecimento de alterações no colo do útero. Múltiplos parceiros simultâneos, infecções cruzadas, relação sexual sem o uso de preservativos são fatores de risco para o carcinoma de colo uterino.
A recomendação é que o Papanicolaou, assim como os exames de mama, sejam feitos uma vez por ano. Na rede de saúde pública, muitas vezes, ele é feito a cada dois anos, mas o ideal seria que fosse realizado anualmente.
Dr. Mauro Sancovski é médico, especialista em ginecologia e obstetrícia, e professor da Faculdade de Medicina do ABC de São Paulo.
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