segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Maconha e sua dependência psicológica











No caso da maconha, menos de 10% dos usuários ficam dependentes, número que sobe para 60% com a cocaína e para 80% com o crack e a heroína, de acordo com Xavier.
Além disso, o maior problema é a dependência psicológica. "A medicina evoluiu tanto que é facílimo tirar alguém de uma dependência física, mas o indivíduo recai por causa da psicológica".
Ele cita um estudo feito na década de 80, na Universidade Harvard, nos EUA, que descreveu pessoas que usavam heroína, uma das drogas que mais causa dependência, sem se viciar. Isso mostra que nem tudo pode ser atribuído à droga. "Ela é um fator necessário para causar dependência, mas não suficiente. É preciso ter a droga e mais um monte de coisas", diz.
As dependências químicas e não-químicas estão tão arraigadas que o tratamento acaba sendo bastante parecido. É nisso que aposta o Proad, que criou, ao lado do ambulatório de drogas e álcool, um local voltado para compulsivos por comida, sexo e jogo. "Uma das hipóteses é de que existe um mecanismo central por trás de tudo, independente de a pessoa ser dependente de jogo, droga, álcool ou sexo. As formas de tratar são as mesmas."
Os médicos e psicólogos perceberam também que muitos usuários tendem a transitar de uma droga para outra, e delas para um comportamento compulsivo. "O indivíduo vai trocando de dependência e mascara o problema dele independente do vício. O efeito é o mesmo. Em todos os casos está por trás a busca do prazer e a perda do controle", constata. Novamente a neurociência confirma: "A explicação é que todos os vícios passam pelo mesmo lugar do cérebro. Cada um escolhe, digamos, a sua droga de preferência, mas na falta dela, qualquer outra serve para ativar o sistema de recompensa", diz Suzana Herculano-Houzel. "Por isso, até os tratamentos pensam nesse todo. A recomendação dos Alcoólicos Anônimos e dos Narcóticos Anônimos é abstinência total, é a pessoa reconhecer que o vício se aplica a tudo".

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Ubatuba, Litoral Norte, Brazil
Sou a Silmara, uma pessoa simples, risonha e de bem com a vida! Sou Coordenadora do Blablablá PositHivo, desenvolvido em parceria com a Prefeitura Municipal de Ubatuba, que tem como objetivo levar informações de DST/Aids em escolas e comunidades através do meu depoimento.Como coordenadora de literatura da Fundart criei o Projeto Psiu com a finalidade de descobrir e apoiar novos autores.Fui escritora sobre o Projeto Furnas, em Ubatuba.Tenho 25 crônicas classificadas em Concursos nacionais,inclusive o conto O Menininho Perdido classificado no concurso de Antologia Ponte dos Sonhos, na Alemanha e o poema Brava Gente de Ubatuba em Guadalaraja.Sou autora da cartilha Ambiente Vivo e do livro Flash, Você sabe o que eu tenho? Eu tenho amores, dores,senhores, sabores...Eu tenho atitude.E VOCÊ? Silmara Retti é madrinha do DTPK crew

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