quarta-feira, 6 de outubro de 2010












Pelo menos seis mil brasileiras portadoras do HIV engravidaram no País entre 2008 e 2009. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo. "Levantamentos mostram que 80% das pessoas com aids estão em idade reprodutiva. É natural que parte delas queira ter filhos", diz , Ronaldo Hallal, assessor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. O capítulo do consenso dedicado à reprodução recomenda que o médico tome a iniciativa de falar sobre o tema com os pacientes. De acordo com Ronaldo, "não há método 100% seguro. O que fazemos é mostrar as possibilidades, com riscos e vantagens de cada uma”. Leia o texto a seguir.

O capítulo do consenso dedicado à reprodução recomenda que o médico tome a iniciativa de falar sobre o tema. "Não cabe ao governo incentivar a gravidez. Apenas orientar o casal sobre riscos e métodos atualmente existentes para tentar evitar a infecção." As propostas apresentadas no consenso brasileiro repetem recomendações de países como Itália e Inglaterra. "O conhecimento nessa área evoluiu. Sabemos, por exemplo, que se a quantidade de vírus circulante for indetectável e se os níveis de células de defesa for alto, o risco de contaminação do parceiro é menor", conta Hallal.

As técnicas variam de acordo com o caso. Influenciam fatores como o sexo do parceiro soropositivo, a existência ou não de outras doenças sexualmente transmissíveis e o uso de drogas. Entre as possibilidades, está a inseminação artificial ou a dispensa do uso de preservativos.

"Não há método 100% seguro. O que fazemos é mostrar as possibilidades, com riscos e vantagens de cada uma." No caso de o homem ter o vírus e a mulher não, uma das alternativas é recorrer a uma técnica chamada lavagem do sêmen. Feita em pacientes que estão em condições controladas há pelo menos seis meses, a técnica processa o esperma de forma a separar o HIV.

Hallal afirma que alguns centros, principalmente ligados a universidades, oferecem tratamento para casais que queiram engravidar - e nos quais um dos parceiros é portador do HIV. O Centro de Referência de DST-AIDS da Secretaria de Saúde está financiando um estudo piloto da Faculdade de Medicina do ABC que prevê a assistência de cinco casais por mês, durante 20 meses. "A técnica usada faz análise do sêmen, com exame chamado PCR, para identificar se há presença do vírus", conta o chefe do setor, Emerson Barchi Cordts.

Hallal avalia que, com divulgação do consenso e a mudança de estratégia dos profissionais de saúde, a demanda por serviços de assistência à reprodução entre esses casais deve aumentar. Ele reconhece que, em eventual dificuldade no acesso, há risco de aumentar as ações na Justiça para garantir atendimento. "Toda demanda para fazer valer direitos individuais é importante, pode significar um ganho.”

Fonte: O Estado de S. Paulo

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Ubatuba, Litoral Norte, Brazil
Sou a Silmara, uma pessoa simples, risonha e de bem com a vida! Sou Coordenadora do Blablablá PositHivo, desenvolvido em parceria com a Prefeitura Municipal de Ubatuba, que tem como objetivo levar informações de DST/Aids em escolas e comunidades através do meu depoimento.Como coordenadora de literatura da Fundart criei o Projeto Psiu com a finalidade de descobrir e apoiar novos autores.Fui escritora sobre o Projeto Furnas, em Ubatuba.Tenho 25 crônicas classificadas em Concursos nacionais,inclusive o conto O Menininho Perdido classificado no concurso de Antologia Ponte dos Sonhos, na Alemanha e o poema Brava Gente de Ubatuba em Guadalaraja.Sou autora da cartilha Ambiente Vivo e do livro Flash, Você sabe o que eu tenho? Eu tenho amores, dores,senhores, sabores...Eu tenho atitude.E VOCÊ? Silmara Retti é madrinha do DTPK crew

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