quarta-feira, 20 de julho de 2011

Droga anti-HIV à base de tabaco entra em fase de testes, divulga O Globo














O primeiro teste clínico de um remédio produzido a partir de plantas geneticamente alteradas começou no mês passado, no Reino Unido. A droga, um anticorpo do HIV, vírus causador da aids, batizado P2G12, está sendo retirada de folhas de tabaco cultivadas em uma estufa na Alemanha pela Pharma-Planta, projeto da União Europeia que tem como objetivo buscar na natureza alternativas mais baratas para produzir medicamentos por meio de culturas de vegetais.

Só recentemente o teste recebeu a luz verde da agência britânica responsável pela regulação de remédios e tratamentos de saúde, a MHRA. Nesta primeira fase, 11 mulheres saudáveis se ofereceram como voluntárias para avaliar os riscos no uso de uma substância colhida das folhas das plantas alteradas. Duas já começaram a receber os anticorpos, enquanto em uma terceira está sendo administrado um placebo. Em uma segunda fase, com testes mais amplos e complexos, será possível saber se o P2G12 pode ajudar a prevenir a infecção pelo vírus, associado ou não a outros compostos microbicidas.

“A aprovação pela MHRA para prosseguirmos com os testes em humanos é um reconhecimento de que anticorpos podem ser produzidos em plantas com a mesma qualidade daqueles feitos com sistemas de produção convencionais”, comentou Julian Ma, professor da Universidade de St. George, em Londres, e um dos coordenadores do projeto. “Isso era algo que muitos pensavam não ser possível. Nosso objetivo é produzir remédios de forma econômica e em quantidades que satisfaçam a demanda global.”

Segundo Rainer Fischer, professor do Instituto Fraunhofer de Biologia Molecular e Ecologia Aplicada de Aachen, na Alemanha, onde o tabaco geneticamente modificado está sendo cultivado, o processo permite reduzir de dez a cem vezes os custos de produção de remédios. Lá, os cientistas estão conseguindo extrair cinco gramas do anticorpo de cada 250 quilos de tabaco alterado. As grandes indústrias farmacêuticas usam enormes tanques de aço cheios de culturas de células para fabricar substâncias do tipo. Para Ma, uma tecnologia mais simples e barata como as plantas ajudará que pacientes de países pobres e em desenvolvimento tenham acesso a medicamentos contra o câncer, a artrite e diversas infecções que hoje são "terrivelmente caras".

“Isso abre o potencial para as plantas fabricarem toda uma gama de drogas, tanto no mundo desenvolvido quanto no em desenvolvimento”, considerou. De acordo com os pesquisadores, é muito pequeno o risco de as plantas modificadas se espalharem e contaminarem outras lavouras, tanto por estarem presas dentro de estufas quanto por não serem cultivadas em grande escala. Ma também não prevê problemas com os consumidores europeus, que em geral se opõem a alimentos geneticamente modificados, pelo fato do tabaco não estar na cadeia alimentar.


Fonte: O Globo

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Ubatuba, Litoral Norte, Brazil
Sou a Silmara, uma pessoa simples, risonha e de bem com a vida! Sou Coordenadora do Blablablá PositHivo, desenvolvido em parceria com a Prefeitura Municipal de Ubatuba, que tem como objetivo levar informações de DST/Aids em escolas e comunidades através do meu depoimento.Como coordenadora de literatura da Fundart criei o Projeto Psiu com a finalidade de descobrir e apoiar novos autores.Fui escritora sobre o Projeto Furnas, em Ubatuba.Tenho 25 crônicas classificadas em Concursos nacionais,inclusive o conto O Menininho Perdido classificado no concurso de Antologia Ponte dos Sonhos, na Alemanha e o poema Brava Gente de Ubatuba em Guadalaraja.Sou autora da cartilha Ambiente Vivo e do livro Flash, Você sabe o que eu tenho? Eu tenho amores, dores,senhores, sabores...Eu tenho atitude.E VOCÊ? Silmara Retti é madrinha do DTPK crew

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