
FRANÇOISE BARRÉ-SINOUSSI: Nós ainda estamos muito distantes da elaboração de uma cura para erradicar o vírus dentro do corpo humano. E a razão é simples. Muito rapidamente após a infecção, o vírus HIV estabelece reservatórios em diferentes tecidos, especialmente nos órgãos linfoides. Esses reservatórios são em sua maior parte compostos de células nas quais o vírus se integra em estado latente. Por isso, os reservatórios são persistentes, mesmo em pacientes sob tratamento de antirretrovirais. Tão logo o tratamento é interrompido, algumas células são ativadas e o vírus começa a se multiplicar de novo. Toda tentativa que a pesquisa científica faz para eliminar ou controlar reservatórios falhou até agora. Na busca de definir futuras estratégias, nós devemos entender mais precisamente os mecanismos que levam ao estabelecimento e à persistência dos reservatórios de HIV.

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