quarta-feira, 2 de dezembro de 2009













1996 foi um marco na vida de muitas pessoas soropositivas. Foi neste ano que uma combinação de medicamentos contra a aids passou a ser distribuída gratuitamente em serviços de saúde de todo o Brasil. Finalmente, já era possível conviver com HIV de forma mais tranqüila. Hoje, quem vive com o vírus da aids pode ter uma vida produtiva e feliz, e fazer planos como qualquer outra pessoa. No entanto, temos que reconhecer que o tratamento contra a aids não é fácil. São muitos medicamentos por dia e ainda é preciso lidar com os efeitos colaterais.


Meu remédio, meu herói

Na luta contra a aids, os remédios são seus parceiros. Mas sua força de vontade conta muito.Veja como os anti-retrovirais protegem sua saúde.

Em nosso sangue existem células que são responsáveis por defender o organismo do ataque de vírus e bactérias que provocam doenças. O HIV, vírus da aids, quando entra na corrente sanguínea, ataca justamente essas células e nos deixa mais vulneráveis às doenças.

Para evitar esse ataque, é necessário que a pessoa infectada faça seu tratamento com, no mínimo, dois medicamentos anti-retrovirais diferentes e não deixe de tomar nenhuma dose.

Quando você não toma ou atrasa uma dose, está deixando que milhões de vírus se reproduzam e ataquem suas células. Com o tempo, isso faz com que o HIV se torne resistente aos medicamentos que você está tomando e eles passam a não fazer mais efeito.

Na corrente sanguínea, o HIV se reproduz muito rapidamente e a função dos medicamentos anti-retrovirais é conter essa reprodução e evitar que novas células sejam infectadas.

Se os remédios não fizerem mais efeito, a solução será mudar a medicação, o que pode trazer alguns problemas:
Você terá que se adaptar a uma nova combinação de medicamentos (geralmente com mais remédios), a novos horários e a novos efeitos colaterais.
Caso continue a tomar a medicação de forma errada, você pode acabar ficando sem opção de tratamento.
“É difícil lembrar de tomar os remédios. Fico brincando e acabo esquecendo. Minha avó e meu avô têm que me lembrar.”
Maria, 12 anos,
Sorocaba-SP "Me sinto diferente de outros adolescentes porque eu tenho que ir sempre ao médico, nunca posso esquecer de tomar meus remédios e também por causa dos efeitos colaterais que me afetam. No início foi muito difícil, mas eu consegui me adaptar".
Sandra, 16 anos,
Recife – PE

"Tem uma coisa que eu não consigo me adaptar: os remédios. Alguns são grandões e difíceis de engolir. Quando eu estou indo bem no tratamento, não entendo porque, mas me dá uma vontade de parar...".
Mariana, 18 anos,
Belo Horizonte – MG
"Remédio é muito chato porque tem que tomar na hora certa e o gosto é ruim. Às vezes eu saio de casa antes que minha mãe me chame pra tomar os comprimidos. Mas tem hora que eu tomo numa boa".
Fernando, 16 anos,
Salvador – BA
"Os medicamentos melhoraram muito minha vida. Agora não fico mais doente, engordei e fiquei mais alta. Também não tenho mais medo dos doutores. Quando meu exame de sangue está bom, adoro vir ao médico".
Marisa, 15 anos,
São Paulo - SP "Quando comecei a tomar remédios, fiquei forte e saudável. Isso é um progresso. Agora tenho que criar responsabilidade para lembrar deles sozinha".
Beatriz, 15 anos,
Porto Alegre - RS "Tem tarefa que a gente tem que cumprir. Assim como eu tenho que chegar às 8h no serviço, eu tenho que tomar minha medicação. O remédio, para mim, é só uma obrigação a mais na minha vida".
João, 18 anos,
Ji-Paraná- RO "Agora, depois que passei a tomar os remédios direito, parece que não tenho nada. É remédio de manhã e à noite, e só".
Cristina, 14 anos,
São Paulo – SP

A GENTE NÃO QUER SÓ REMÉDIO
Tratamento contra a aids não é só remédio. Ir às consultas e fazer exames também faz parte. Sem falar que levar uma vida saudável é fundamental.
Os exames de sangue são importantes para que seu médico saiba se seus remédios estão funcionando bem e como anda a sua saúde.
Nunca deixe de ir às suas consultas médicas. Conversando com os médicos, enfermeiros e psicólogos, você tira suas dúvidas, eles passam a te conhecer melhor e podem te ajudar a lidar com as dificuldades do tratamento.


Efeito colateral é uma reação indesejável provocada por determinado medicamento, que ocorre em seu organismo. Infelizmente, os anti-retrovirais provocam diversos efeitos colaterais. Diarréia, enjôo, distúrbios de sono, manchas na pele são alguns deles. O efeito colateral varia de acordo com o remédio que você está usando.

Como combater
Muitas coisas podem ser feitas para controlar ou amenizar os efeitos colaterais. Uma alimentação saudável e exercícios físicos regulares ajudam muito.
Diarréia, vômito e enjôo costumam diminuir muito se você evitar comer alimentos gordurosos. A lipodistrofia (aumento de gorgura no sangue e redistribuição da gordura do corpo) melhora com a prática regular de atividade física aeróbica (correr, nadar, andar de bicicleta) e da ginástica com pesos. É bom evitar também os alimentos gordurosos.
Em alguns casos, o uso de medicamentos é necessário para combater os efeitos colaterias dos anti-retrovirais. Converse com médico.

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Quem sou EU?

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Ubatuba, Litoral Norte, Brazil
Sou a Silmara, uma pessoa simples, risonha e de bem com a vida! Sou Coordenadora do Blablablá PositHivo, desenvolvido em parceria com a Prefeitura Municipal de Ubatuba, que tem como objetivo levar informações de DST/Aids em escolas e comunidades através do meu depoimento.Como coordenadora de literatura da Fundart criei o Projeto Psiu com a finalidade de descobrir e apoiar novos autores.Fui escritora sobre o Projeto Furnas, em Ubatuba.Tenho 25 crônicas classificadas em Concursos nacionais,inclusive o conto O Menininho Perdido classificado no concurso de Antologia Ponte dos Sonhos, na Alemanha e o poema Brava Gente de Ubatuba em Guadalaraja.Sou autora da cartilha Ambiente Vivo e do livro Flash, Você sabe o que eu tenho? Eu tenho amores, dores,senhores, sabores...Eu tenho atitude.E VOCÊ? Silmara Retti é madrinha do DTPK crew

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