sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Cirurgia de troca de sexo para mulheres

O Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou nessa quinta-feira a cirurgia de troca de sexo para mulheres. A norma possibilita a retirada da mama, do útero e dos ovários. Antes da cirurgia, as mulheres precisam ser diagnosticadas como transgenitalismo, ou seja, apresentar rejeição ao corpo feminino e tendência a automutilação.

Os procedimentos vão começar na rede privada, desde que o estabelecimento atenda as exigências do conselho. Por reconhecer a operação como experimental, o Ministério da Saúde ainda não autoriza a cirurgia no SUS.

De acordo com o Correio Braziliense, a cirurgia somente será realizada quando a necessidade for confirmada por médicos e psicólogos. Segundo a Agência Brasil, com a regulamentação, a cirurgia deixa de ser considerada crime de mutilação. Leia a seguir na íntegra:

Correio Braziliense: Troca de sexo liberada

O Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou a cirurgia de troca de sexo para mulheres. A norma possibilita a retirada da mama, do útero e dos ovários de mulheres diagnosticadas com transgenitalismo, disfunção em que a pessoa rejeita o corpo feminino e pode, inclusive, apresentar tendência a automutilação. A intervenção, segundo a regulamentação, poderá ser realizada em todos os hospitais que preencham os requisitos estipulados, mas o Ministério da Saúde ainda reconhece a operação como experimental e, por enquanto, não vai autorizar a sua realização no Sistema Único de Saúde (SUS).

Um conselho multidisciplinar, formado por cirurgião, psiquiatra, endocrinologista, psicólogo e assistente social, vai acompanhar a candidata à cirurgia, que deve ter mais de 21 anos e condições físicas apropriadas para o tratamento. Esse grupo também será responsável pela confirmação do diagnóstico de transgenitalismo. Edevard Araújo, relator da resolução do CFM, ressalta a importância da participação do grupo, já que a cirurgia é definitiva. "Não pode haver arrependimento. Por isso, todo o procedimento dura cerca de dois anos", explica.

Superação

Para o diretor do Instituto Paulista de Sexualidade, Oswaldo Rodrigues, a avaliação psicológica e o acompanhamento médico devem ter início logo quando a pessoa percebe algo errado com o próprio corpo. "O acompanhamento auxilia a ressignificar o corpo e orientar as mudanças.

Outro aspecto importante é auxiliar na superação das dores e dos sofrimentos psicológicos ocorridos durante todos os anos em que a pessoa foi obrigada a viver num corpo de mulher e ter que agir assim. Essa superação emocional é demorada e exige afinco e persistência para que uma nova forma de expressão emocionalmente saudável surja", diz.

Marcelo Caetano, 20 anos, conta que desde pequeno tinha impressões erradas sobre o próprio corpo. "Só depois que entrei na faculdade descobri que era possível mudar de sexo", diz. Há três meses, ele cortou o cabelo, mudou de nome e passou a se vestir como homem, mesmo ainda não tendo feito a cirurgia. Antes de assumir a identidade masculina, o estudante de direito fala que, insatisfeito com o próprio corpo, chegou a se automutilar. "Hoje, sou homem 24 horas por dia e me sinto mais feliz assim", conta.

Já a cirurgia de mudança do sexo masculino para o feminino começou a ser feita pelo SUS em hospitais públicos, privados e universitários habilitados em agosto de 2008. Desde então, até junho deste ano, apenas 57 pessoas fizeram a operação. São menos de três cirurgias por mês.

Hoje, mais de 500 pessoas estão aguardando o tratamento. A nova resolução do conselho não libera a neofaloplastia - cirurgia de construção do pênis - , exceto em procedimentos experimentais.


Agência Brasil: CFM regulamenta cirurgia de troca de sexo para mulheres

O Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou a cirurgia de troca de sexo para mulheres. Na nova resolução, que deve ser publicada amanhã (3), o conselho autoriza a retirada da mama, do útero e dos ovários nos casos de diagnóstico de transgenitalismo, quando a mulher transexual rejeita o corpo feminino e pode, inclusive, apresentar tendência a se mutilar.

A cirurgia poderá ser feita em qualquer hospital, público ou privado, desde que o estabelecimento atenda as exigências do conselho. Antes, era autorizada, em caráter experimental, apenas em hospitais públicos e universitários. O tratamento é permitido às pessoas com mais de 21 anos, após diagnóstico médico.

A seleção será feita por uma equipe formada por psiquiatra, cirurgião, endocrinologista, psicólogo e assistente social. O acompanhamento deve ser de, pelo menos, dois anos. O tratamento de neofaloplastia (construção do pênis) ainda não foi liberado e permanece em caráter experimental.

Segundo o CFM, os efeitos estéticos e funcionais desse procedimento passam por questionamentos.

Com a regulamentação, a cirurgia deixa de ser considerada crime de mutilação. Em 2008, o Ministério da Saúde autorizou a cirurgia de mudança de sexo na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: Correio Braziliense e Agência Brasil

Um comentário:

  1. Se alguma mulher for fzr cirurgia E quiser doar utero ou utero e vagina estou disposto a pagar bem

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Ubatuba, Litoral Norte, Brazil
Sou a Silmara, uma pessoa simples, risonha e de bem com a vida! Sou Coordenadora do Blablablá PositHivo, desenvolvido em parceria com a Prefeitura Municipal de Ubatuba, que tem como objetivo levar informações de DST/Aids em escolas e comunidades através do meu depoimento.Como coordenadora de literatura da Fundart criei o Projeto Psiu com a finalidade de descobrir e apoiar novos autores.Fui escritora sobre o Projeto Furnas, em Ubatuba.Tenho 25 crônicas classificadas em Concursos nacionais,inclusive o conto O Menininho Perdido classificado no concurso de Antologia Ponte dos Sonhos, na Alemanha e o poema Brava Gente de Ubatuba em Guadalaraja.Sou autora da cartilha Ambiente Vivo e do livro Flash, Você sabe o que eu tenho? Eu tenho amores, dores,senhores, sabores...Eu tenho atitude.E VOCÊ? Silmara Retti é madrinha do DTPK crew

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