
A imprensa segue repercutindo o caso da médica Miriam Walton, de Sobradinho (DF), que, para proteger a casa, criou uma cerca com seringas com sangue supostamente contaminado com HIV. A médica também pendurou uma placa com os dizeres: “Muro com sangue HIV +. Não pule”.
Ortopedista de um hospital público de Paranoá, Miriam afirmou ter conseguido o material na própria unidade em que trabalha. Segundo a médica, a atitude ocorreu depois dela ter sido vítima de vários assaltos.
De acordo com informações do jornal Correio Braziliense, a síndica do condomínio onde a Miriam mora, Vera Barbieri, vai denunciar a ação ao Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal.
A Agência EFE publicou que vizinhos denunciaram o caso à polícia, que respondeu não poder agir “pois se trata de uma propriedade privada e não há nada que configure um crime.”
Em nota enviada à Agência de Notícias da Aids, o ativista Cazu Barros, do Rio de Janeiro, disse estar indignado com a atitude da médica. “Nós pessoas vivendo com HIV e aids, tão descriminados e estigmatizados, não podemos permitir que isso vire rotina”, afirmou. “Se ainda somos agredidos e servimos como chacotas para algumas pessoas é devido a esse tipo de situações que fazem nos enxergar como ameaça à sociedade”, acrescentou.
Segundo informações do site do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, o vírus da aids é bastante sensível ao meio externo. Estima-se que o HIV possa viver em torno de uma hora fora do organismo humano. Graças a uma variedade de agentes físicos (calor, por exemplo) e químicos, pode tornar-se inativo rapidamente.
Fonte: Agência de Notícias da AIDS
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